Defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pede afastamento de Moraes sobre a investigação do 08 de Janeiro
- Falando de Política
- 15 de fev. de 2024
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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma Arguição de Impedimento, na qual pede que o ministro Alexandre de Moraes seja afastado da relatoria da investigação sobre tentativa de golpe de Estado. Os advogados do investigado alegaram parcialidade e, solicitaram anulação das decisões do magistrado relacionadas ao caso.

Foto: Divulgação internet
BRASÍLIA - Na última quinta-feira (08), o ex-presidente da república, Jair Bolsonaro, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que mirou os interlocutores de uma tentativa de golpe após as eleições presidenciais de 2022. A ação policial, que foi autorizada por Moraes, com aval da Procuradoria-Geral da República (PGR), cumpriu 33 mandados de busca e apreensão além de quatro mandados de prisão preventiva, todos relacionados ao ex-presidente e a pessoas próximas a ele.
O despacho que fundamentou a operação Hora da Verdade, da Polícia Federal, possui mais de 130 páginas e, de acordo com a defesa de Bolsonaro, o ministro relator aparece no documento como “vítima central das supostas ações que estariam sendo objeto da investigação”. Com isso os advogados alegam conflito de interesse e pedem que Moraes seja afastado e as decisões assinadas pelo magistrado sejam declaradas nulas.
De acordo com informações publicadas, mais de 20 menções do relator fora feitas. "Ao longo das 135 laudas da decisão, mais de 20 (vinte) menções à pessoa do Relator são feitas, bem como são delineados episódios que expõem a vulnerabilidade do magistrado frente ao suposto monitoramento e plano elaborado pelos investigados, delineando um contexto que torna evidente, e fortemente questionada, a sua imparcialidade objetiva e subjetiva para decidir nestes autos, dada sua posição de vítima", informou o documento publicado.
A defesa do ex-presidente da república, Jair Bolsonaro, alegou na defesa que o Ministro deixa claro o envolvimento na relação processual. “Da leitura da própria decisão em análise, é possível depreender que o Ilmo. Ministro Relator se vê e assim se descreve como vítima direta das condutas investigadas nos presentes autos, demonstrando seu claro e inevitável interesse no deslinde processual. Nesse cenário, a narrativa criada pelo próprio Ministro deixa claro seu envolvimento na relação processual ao sentir que as ações supostamente perpetradas pelos investigados o tinham como alvo”, alegou a defesa de Bolsonaro.
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