Deputado apresenta anteprojeto para pagamento de bolsas a professores no Acre

Além de apresentar a proposta, Jarude criticou veementemente o tratamento dispensado pelo governo à educação estadual. Ele destacou a contradição entre os gastos excessivos em eventos e viagens internacionais e a falta de investimento na valorização dos professores e na melhoria da qualidade da educação no Acre.

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Imagem; reprodução da internet

Acre,30 de Abril de 2024-No cenário do Salão Marina Silva, na Assembleia Legislativa do Acre, fervilhava a presença de servidores públicos da educação, que protestavam por mais valorização nesta terça-feira (30). Em meio à multidão, o deputado estadual Emerson Jarude (NOVO) apresentou um anteprojeto de lei que visa estabelecer diretrizes claras para o pagamento de bolsas a professores que atuam em escolas de ensino integral no Estado do Acre.

Jarude ressaltou as lacunas presentes na legislação atual, que permitem ao governo decidir quando e como pagar essas bolsas. "Uma bolsa de estudo deixa de ser paga durante férias e fim de ano, tudo isso porque não está escrito na lei da forma que o secretário acha que devia estar e por isso ele paga quando quer", explicou o deputado. O anteprojeto propõe que todos os profissionais lotados nas Escolas Jovens tenham direito a uma bolsa de incentivo ao estudo, pesquisa e aprimoramento profissional, com garantia de pagamento durante férias, licenças e recessos.

Além de apresentar a proposta, Jarude criticou veementemente o tratamento dispensado pelo governo à educação estadual. Ele destacou a contradição entre os gastos excessivos em eventos e viagens internacionais e a falta de investimento na valorização dos professores e na melhoria da qualidade da educação no Acre. "A festa para amanhã no Dia do Trabalhador com show nacional está pronta, mas certeza que o maior presente que ele poderia dar é valorizar cada servidor público que está aqui hoje nesta Casa", lamentou o deputado.

O deputado também questionou as prioridades de gastos do governo, citando o caso do secretário que, segundo ele, gastou 23 mil reais apenas com diárias em uma viagem à Espanha e à maior feira de Educação da América Latina. "E eu pergunto a vocês, professores, quanto tempo levam para ganhar isso trabalhando?", indagou Jarude, evidenciando a discrepância entre os investimentos pessoais do governo e as necessidades reais dos profissionais da educação.