Ex-governador Mauro Carlesse é novamente alvo de operação federal

Ação investiga possíveis fraudes em contratações durante a gestão de Carlesse e inclui 30 mandados de busca e apreensão.

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imagem: reprodução da internet

Tocantins, 29 de Agosto de 2024 - O ex-governador Mauro Carlesse (Agir), afastado do cargo há quase três anos devido a acusações de corrupção, voltou a ser o alvo de uma operação da Polícia Federal nesta segunda-feira (26). A operação, chamada de Timóteo 6:9, faz referência a uma passagem bíblica que aborda a ambição por riquezas. A ação envolveu o cumprimento de 30 mandados de busca e apreensão relacionados a investigações de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

As investigações concentram-se em supostas irregularidades em contratos firmados pela extinta Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação do Estado do Tocantins (SECIHD), durante a gestão de Carlesse. Os contratos investigados envolvem a locação de máquinas pesadas e caminhões, além do fornecimento de combustível e serviços de manutenção para a Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto).

A trajetória política de Carlesse começou em março de 2018, após a cassação do ex-governador Marcelo Miranda. Carlesse, que era presidente da Assembleia Legislativa, foi eleito para um mandato-tampão em junho daquele ano e reeleito em 2018. Ele governou até outubro de 2021, quando foi afastado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) durante investigações sobre corrupção.

Seu afastamento foi resultado de três operações da Polícia Federal:

- Éris: Desarticulou uma suposta organização criminosa na Secretaria de Segurança Pública (SSP), acusada de obstruir investigações e vazar informações.

- Hygea: Investigou um esquema de pagamentos indevidos relacionados ao Plansaúde, o plano de saúde dos servidores estaduais.

- Baco: Desdobramento da operação Hygea, aprofundou as investigações sobre propinas no plano de saúde dos servidores.

A nova operação Timóteo 6:9 destaca a continuidade das investigações sobre a gestão de Carlesse, evidenciando a persistência de alegações de corrupção.