Guerra política na saúde: Governo e Prefeitura brigam e quem sofre é o povo!
- Falando de Política
- 28 de fev.
- 2 min de leitura
Conflito entre Wilson Lima e David Almeida sobre a saúde básica ameaça a qualidade de vida da população. O impasse entre o governo e a prefeitura de Manaus destaca não apenas a tensão política entre os dois, mas também coloca em evidência a precariedade de serviços públicos essenciais, como a saúde.

O cenário político e da saúde em Manaus vive um intenso embate entre o governador Wilson Lima (União Brasil) e o prefeito David Almeida (Avante). O conflito surgiu a partir da cobrança sobre a gestão de serviços essenciais, como a saúde básica na capital. O governo estadual acusa a prefeitura de não cumprir sua responsabilidade constitucional, enquanto o prefeito critica a falta de repasses financeiros por parte do Estado.
O governo de Lima foi enfático ao afirmar que a prefeitura de Manaus possui um valor significativo – R$ 1,9 bilhão – para manter os serviços de saúde, mas ainda assim não conseguiu demonstrar eficiência ou interesse em melhorar o atendimento à população. O governador também criticou a postura do prefeito, acusando-o de ser ingrato ao não considerar o suporte oferecido pelo Estado.
O estopim desse conflito aconteceu no dia 27 de fevereiro, quando David Almeida, em um discurso público, revelou que desde o início de sua gestão, o repasse de 25% do orçamento da saúde do Estado para a Prefeitura de Manaus não estava sendo feito de forma regular. Além disso, o prefeito exige uma dívida de quase R$ 120 milhões com o SAMU, criticando a falta de apoio do governo estadual para com o serviço, que é de responsabilidade do Estado. Ele também causou a ausência de repasses para o programa de farmácia básica, que não recebe recursos há seis anos.
O governador contestou as declarações de Almeida, apresentando números que exigiriam a atuação do Estado na área da saúde. Lima afirmou que, desde 2020, o governo estadual assumiu integralmente os serviços de transporte de pacientes pelo SAMU devido à incapacidade da prefeitura em manter o serviço. Além disso, ele afirmou que, atualmente, cerca de 85% da demanda de atenção primária é atendida por unidades estaduais, como as UPAs e CAIMIs.
Outro ponto levantado pelo governo foi a carência de serviços de saúde em Manaus. Lima ressaltou que a capital é a única entre os 62 municípios do Amazonas a não oferecer assistência hospitalar de média e alta complexidade, exceto a maternidade Moura Tapajós, que não atende casos de alto risco. O governo também lembrou que cede agentes de endemias à prefeitura, que não possui servidores suficientes para atender a população.
O impasse entre o governo e a prefeitura de Manaus destaca não apenas a tensão política entre os dois, mas também coloca em evidência a precariedade de serviços públicos essenciais, como a saúde. A população de Manaus, diante de tantas acusações e disputas, fica à mercê de um sistema de saúde que parece não funcionar como deveria. O que fica claro é que, enquanto os dois lados trocam acusações e responsabilidades, quem paga a conta é quem mais precisa: o cidadão.
Com informações: Site BNC
Comentários