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Indígenas Warao no Pará: Desafios e demandas no dia internacional dos povos indígenas

  • Foto do escritor: Redação Falando de Política I Brasil
    Redação Falando de Política I Brasil
  • 9 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura

Comunidade indígena venezuelana luta por políticas públicas inclusivas no Brasil.

imagem: reprodução da internet


Pará, 09 de Agosto de 2024 - No Pará, 1% da população, aproximadamente 80.980 pessoas, se identifica como indígena, segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre esses indígenas estão os Warao, um grupo que migrou da Venezuela desde 2017 em busca de melhores condições de vida. Apesar de sua presença crescente, os Warao ainda enfrentam inúmeros desafios relacionados à saúde, habitação, educação e geração de renda, especialmente devido à falta de políticas públicas adaptadas às suas necessidades.


Neste Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado em 9 de agosto, a comunidade Warao reflete sobre suas lutas e a necessidade de apoio contínuo. A data, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1995, serve como um lembrete da importância de reconhecer e apoiar os direitos dos povos indígenas.


Em abril deste ano, o Conselho Warao Ojiduna (CWO), uma organização representativa ainda em processo de formalização, elaborou um plano de ação com o objetivo de auxiliar na criação e implementação de políticas públicas que atendam às necessidades dos Warao a curto, médio e longo prazo. Este documento será apresentado aos órgãos governamentais na esperança de encontrar soluções viáveis para os problemas enfrentados pelos indígenas refugiados.


"Nosso plano de ação foi desenvolvido em conjunto, com a participação de diferentes comitês em reuniões onde discutíamos nossas demandas. Queríamos criar um documento formal para apresentar às autoridades, mostrando que nosso plano está fundamentado em nossa própria história. A prioridade é garantir que nossos irmãos Warao tenham acesso a trabalho digno, além de educação e saúde," afirmou Isneiris Nuñez, coordenadora do Conselho.


O documento elaborado pelo CWO destaca vários problemas que os Warao enfrentam:


Falta de consulta efetiva nas decisões que impactam suas vidas; quando consultados, muitas vezes não são ouvidos.

Ausência de políticas públicas adaptadas à realidade dos Warao.

Inexistência de um sistema de saúde diferenciado e adequado para a comunidade.

Falta de acesso a uma educação que respeite suas especificidades culturais.

Desvalorização da cultura Warao.

Condições precárias de moradia, com dificuldades para pagar aluguel.

Desconhecimento do território, rios e florestas na região de Belém e das ilhas, com restrições ao acesso à floresta.

Impossibilidade de extração de matérias-primas.

Falta de regularização documental no Brasil, impedindo o acesso a políticas sociais.

Apesar dos esforços, até o momento, a Fundação Papa João XXIII (Funpapa), responsável pelos abrigos e atendimentos aos Warao, e o Governo do Estado do Pará, não responderam às demandas apresentadas pelo CWO. A comunidade continua a lutar por um reconhecimento mais profundo e por políticas que realmente façam a diferença em suas vidas.

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