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Manaus e o desperdício de dinheiro público em obras mal planejadas

  • Foto do escritor: Redação Falando de Política I Brasil
    Redação Falando de Política I Brasil
  • 1 de jul. de 2024
  • 2 min de leitura

Em resposta a esses problemas recorrentes, o vereador Sassá da Construção Civil, presidente da Comissão de Serviços e Obras Públicas da Câmara Municipal de Manaus (CMM), anunciou a intenção de propor uma audiência pública.


Imagem: Jeiza Russo, Paulo Bindá e Nilton Ricardo Manaus, 01 de Julho de 2024 - Obras mal planejadas e executadas por ex-prefeitos de Manaus resultaram em prejuízos de pelo menos R$ 127,5 milhões aos cofres públicos. Esses problemas persistentes destacam a insuficiência dos órgãos de fiscalização. Recentemente, um desses problemas voltou a se manifestar. Pela oitava vez, uma carreta colidiu com o portal de entrada da passagem de nível que dá acesso ao bairro São Jorge, na zona Oeste de Manaus. Esse trecho faz parte do complexo viário Roberto Campos, inaugurado pelo ex-prefeito Arthur Neto, ao custo de R$ 64 milhões. O limitador de altura, indicando quatro metros, precisou ser removido e substituído novamente após o incidente.


De acordo com levantamento de A CRÍTICA, esse portal foi atingido oito vezes desde sua inauguração em julho de 2020. A assessoria de comunicação de Arthur Neto informou que ele não concederá entrevistas sobre o assunto. Outras obras da gestão de Arthur Neto também enfrentaram problemas logo após a inauguração. O viaduto do Manoa, por exemplo, foi interditado menos de 24 horas após ser entregue devido a irregularidades apontadas pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (CREA-AM), como inclinações excessivas nas cabeceiras. O Terminal 6, também inaugurado por Arthur Neto, nunca entrou em operação, resultando em um prejuízo de R$ 16 milhões. A gestão atual, sob o prefeito David Almeida, planeja transformar o terminal na nova rodoviária da cidade, com um investimento adicional de R$ 13,8 milhões. A praça na rotatória do Mindu, inaugurada em 2012 pelo ex-prefeito Amazonino Mendes, é outra obra criticada. A praça, que inclui um chafariz nunca funcional, custou R$ 1,4 milhão e atualmente está abandonada, com a fonte cheia de água parada e lodo.


Outra obra problemática é o Edifício Garagem, inaugurado em 1988 pelo ex-prefeito Manoel Ribeiro. Destinado a ser um amplo estacionamento no Centro de Manaus, o prédio nunca funcionou como planejado e foi leiloado por R$ 5,3 milhões em 2022, após anos de inutilização. A prefeitura de Manaus está negociando com a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) para desviar tubulações que cruzam o complexo viário da avenida Constantino Nery, permitindo a retirada do limitador de altura que frequentemente é atingido por veículos.


Em resposta a esses problemas recorrentes, o vereador Sassá da Construção Civil, presidente da Comissão de Serviços e Obras Públicas da Câmara Municipal de Manaus (CMM), anunciou a intenção de propor uma audiência pública. O objetivo é convocar o ex-prefeito Arthur Neto e seu ex-secretário de infraestrutura para prestarem esclarecimentos. Apesar de ter tentado instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) durante a gestão de Arthur Neto, a proposta não avançou devido à falta de apoio dos vereadores.

Sassá afirmou que a audiência focará nas obras problemáticas da gestão anterior, mas também pode envolver a atual administração para discutir possíveis melhorias nas estruturas existentes.


Com informações: Portal A Crítica

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