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Marina Silva alerta para risco de incêndios naturais na Amazônia devido à crise climática

  • Foto do escritor: Redação Falando de Política I Brasil
    Redação Falando de Política I Brasil
  • 4 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Ministra aponta mudança no perfil das queimadas na floresta, com aumento da vulnerabilidade devido à perda de umidade.

imagem: reprodução da internet


Amazonas, 4 de Setembro de 2024 - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (4) que dados indicam uma mudança preocupante no "perfil" dos incêndios que atingem a Floresta Amazônica. Segundo Marina, com o avanço da crise climática, a Amazônia vem perdendo umidade, o que pode torná-la vulnerável a incêndios naturais — um cenário incomum para uma floresta tropical úmida.


"Se isso continuar, pode inclusive ficar vulnerável a incêndios naturais", alertou a ministra. O principal fator de incêndios naturais é a descarga elétrica de tempestades de raios, uma ocorrência mais comum em áreas secas, como o Cerrado, mas que começa a se tornar uma possibilidade preocupante na Amazônia.


Marina Silva fez essas declarações durante uma sessão da Comissão de Meio Ambiente do Senado, onde discutiu as queimadas e a estiagem prolongada que afetam grande parte do país, com impacto mais severo no Pantanal e na Amazônia. Segundo a ministra, os dados revelam que:


- 27% das áreas atingidas por queimadas (cerca de 900 mil hectares)* estão em regiões de atividade agropecuária;

- 41% (1,4 milhão de hectares)* estão em áreas de vegetação não florestal, como pastagens ou capoeiras ralas;

- 32% (pouco mais de 1 milhão de hectares)* correspondem a áreas de vegetação florestal.


O percentual de queimadas em áreas de floresta, segundo Marina Silva, é significativamente maior do que a média histórica recente. "Até pouco tempo, acho que isso representava no máximo 15% a 18%. Agora, 32%. No Amazonas, ano passado, 37% [dos incêndios] dentro de floresta primária", comparou a ministra, indicando uma mudança alarmante no comportamento do fogo e da floresta.


Marina explicou que esse cenário aponta para um processo severo de mudança climática, onde a floresta Amazônica está perdendo sua umidade e, consequentemente, se tornando mais suscetível a incêndios. "O que isso significa? Significa que nós estamos num processo severo de mudança do clima, a floresta entrando num processo de perda de umidade e se tornando vulnerável a incêndio. Seja por ignição humana ou até no futuro, se isso permanecer, por fenômenos naturais, em função da incidência de raios. É uma química altamente deletéria, inimaginável", ressaltou.


O alerta da ministra reflete a gravidade da crise ambiental enfrentada pelo Brasil e a necessidade urgente de medidas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas na Amazônia e em outras regiões vulneráveis.

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