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Ministro impõe multa e fiscalização para usuários que acessarem rede social X via VPN

  • Foto do escritor: Falando de Política
    Falando de Política
  • 20 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

Uso de VPNs para burlar bloqueio do X no Brasil será penalizado com multa diária de R$ 50 mil; Polícia Federal iniciará investigação. Os próximos dias serão decisivos na implementação dessa política de controle, com uma vigilância mais intensa sobre os acessos à plataforma e uma fiscalização rigorosa das operadoras de internet e usuários que tentem contornar as regras.

Imagem: reprodução da internet


STF, 20 de Setembro de 2024 - O ministro responsável pela determinação do bloqueio da plataforma X (antigo Twitter) no Brasil definiu medidas rigorosas para coibir o uso de redes privadas virtuais (VPNs) como forma de driblar o bloqueio. Além do impedimento de acesso, ficou estabelecida uma multa diária de R$ 50 mil para os usuários brasileiros que forem identificados acessando a rede social por meio dessas ferramentas. As VPNs são tecnologias que permitem "camuflar" a localização real do usuário, simulando uma conexão em outro país onde o serviço não esteja bloqueado.


A decisão também autoriza que o uso dessas ferramentas seja investigado e, uma vez identificado, o usuário estará sujeito à multa e possíveis processos. A determinação é uma resposta direta à tentativa de manter o acesso à plataforma mesmo após a imposição do bloqueio, com o objetivo de reforçar o cumprimento da medida e garantir sua efetividade.


A Polícia Federal anunciou que começará a investigar o uso da plataforma a partir de quinta-feira (19). A investigação terá como foco os usuários que ainda acessaram a rede social após o bloqueio. Eles serão categorizados em três grupos distintos: os que continuaram a acessar o X porque as operadoras de internet não implementaram o bloqueio de forma adequada; aqueles cujo acesso foi possível por meio de dispositivos móveis, onde o bloqueio pode ter sido contornado tecnicamente; e, finalmente, os que recorreram a VPNs ou outros métodos de "camuflagem" digital para burlar o bloqueio deliberadamente.


A ação da Polícia Federal vai se concentrar na análise de comportamentos suspeitos, que indicam o uso intencional de meios técnicos para escapar da restrição. O uso de um "escudo" pela própria rede social X para contornar o bloqueio no Brasil também será alvo de investigação, sobretudo após o aumento de acessos no dia 18 de outubro, o que levantou questionamentos sobre a postura da empresa em relação às normas brasileiras.


Essa medida rigorosa surge em meio a um cenário de crescente preocupação sobre o papel das redes sociais na disseminação de informações incorretas, discursos de ódio e outras violações legais. O bloqueio do X foi motivado por questões de ordem judicial e as autoridades estão empenhadas em garantir que as determinações sejam cumpridas integralmente.


A imposição de uma multa significativa para o uso de VPNs sinaliza a seriedade com que o governo e as autoridades brasileiras estão tratando o tema. A tecnologia de VPN, embora legítima em muitos contextos, passa a ser considerada um instrumento de violação legal no momento em que é utilizada para driblar medidas judiciais. O Brasil, assim como outras nações, enfrenta o desafio de equilibrar a liberdade digital com a necessidade de controlar o ambiente virtual para proteger os direitos e a segurança dos cidadãos.


Os próximos dias serão decisivos na implementação dessa política de controle, com uma vigilância mais intensa sobre os acessos à plataforma e uma fiscalização rigorosa das operadoras de internet e usuários que tentem contornar as regras.


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