Prefeitura de Manaus estuda multa para quem jogar lixo em local inadequado

Medida busca reforçar conscientização ambiental e reduzir descarte irregular na capital; prefeito afirma que punição pode ser necessária para mudar comportamento da população.

---

Imagem: reprodução da internet

O prefeito de Manaus, David Almeida, anunciou nesta terça-feira (21) que a prefeitura está avaliando a criação de uma legislação municipal que prevê multa para pessoas que jogarem lixo em locais públicos ou inadequados. A proposta, segundo ele, tem como objetivo estimular a conscientização ambiental e combater o descarte irregular de resíduos na capital.

“Infelizmente, as pessoas só mudam de atitude quando sentem no bolso. Não queremos multar, mas, se for necessário para o bem de Manaus, vamos aprovar essa legislação”, afirmou Almeida durante entrevista coletiva.

Atualmente, cerca de 40 servidores municipais atuam em ações educativas voltadas para a preservação ambiental. A prefeitura também possui um mapeamento das áreas com maior incidência de descarte irregular e realiza fiscalizações regulares nesses locais. Almeida destacou como exemplo a Avenida Brasil, na zona oeste, onde a limpeza feita nas primeiras horas do dia é rapidamente desfeita por novos acúmulos de lixo ainda pela manhã.

O prefeito também criticou o uso de canteiros centrais como pontos de descarte por comerciantes e reforçou a necessidade de medidas mais rígidas. “Não adianta reforçar equipes e equipamentos se o volume de lixo só aumenta”, disse. Atualmente, Manaus recolhe em média 2,3 mil toneladas de resíduos por dia, o equivalente a 575 caminhões caçamba cheios.

Além das medidas punitivas, Almeida mencionou o planejamento de um novo aterro sanitário que pretende aproveitar o gás metano para geração de energia. Ele ressaltou, no entanto, que o avanço do projeto depende de licenças ambientais.

As declarações foram dadas durante a inauguração da terceira Estação Meteorológica de Manaus, instalada no Parque Municipal do Mindu, no bairro Parque 10 de Novembro, zona centro-sul. A nova estrutura faz parte de um plano que prevê nove estações distribuídas em pontos estratégicos da cidade, com dados utilizados pela Defesa Civil para prevenir desastres naturais e responder a emergências climáticas.