Audiência pública na CAS debaterá greve dos servidores do INSS
- Redação Falando de Política I Brasil
- 4 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Parlamentares buscam abrir diálogo com representantes dos servidores em greve para discutir demandas por reajuste e melhores condições de trabalho.

imagem: reprodução da internet
Senado, 4 de Setembro de 2024 - A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal irá realizar uma audiência pública para debater a greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que teve início em julho. O requerimento (REQ 83/2024 - CAS) foi apresentado pelo senador Flávio Arns (PSB-PR) e aprovado pelo colegiado na sessão desta quarta-feira (4). Segundo Arns, ele recebeu uma comitiva de representantes dos servidores em greve e se comprometeu a levar o tema à discussão na comissão.
— O objetivo é que nós, senadores, possamos discutir com eles esta situação — destacou o senador Flávio Arns.
A greve, que afeta a concessão de benefícios como aposentadorias, pensões e Benefício de Prestação Continuada (BPC), além das revisões e atendimentos presenciais, tem como uma de suas principais reivindicações a abertura de uma mesa de negociação com o Ministério da Gestão. Os servidores buscam um reajuste salarial de 33% até 2026, melhores condições de trabalho, e a valorização dos técnicos do seguro social com a exigência de curso superior para ingresso na carreira.
Durante um debate na Comissão de Direitos Humanos (CDH) no dia 19 de agosto, Leonardo Gomes Fonseca, diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo, enfatizou que o movimento grevista tem como objetivo pressionar o governo a atender essas demandas. Segundo Fonseca, até o momento, o governo não abriu um espaço formal para as negociações.
O presidente da CDH, senador Paulo Paim, também participou do debate e reforçou a importância de o governo dialogar com os servidores em greve. Ele destacou que já acompanhou muitos movimentos grevistas ao longo de sua vida política e que é fundamental priorizar o diálogo em vez de ações mais confrontativas.
— Que a gente consiga abrir espaço para o diálogo, porque eu já acompanhei muito movimento de greve [ao longo da vida] onde defendi o argumento ao invés de simplesmente se “sair batendo” — afirmou Paim.
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