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Senador Plínio Valério critica pacote de corte de gastos do Governo

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    Falando de Política
  • 12 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Em pronunciamento no Senado, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) expressou preocupação com os impactos do pacote de corte de gastos proposto pelo governo federal, especialmente para pessoas com doenças graves e em situação de vulnerabilidade.

Imagem: reprodução da internet
Imagem: reprodução da internet

Senado Federal - O senador Plínio Valério (PSDB-AM) fez duras críticas ao pacote de corte de gastos anunciado pelo governo federal, durante seu pronunciamento na sessão plenária desta quarta-feira (11). O parlamentar questionou a proposta que isenta do Imposto de Renda aqueles que ganham até R$ 5 mil, argumentando que essa medida pode afetar negativamente outros contribuintes, especialmente aqueles em situações de vulnerabilidade, como pessoas com doenças graves.


Plínio ressaltou que, embora o governo justifique a ampliação da faixa de isenção com a intenção de compensar com a tributação de rendas, como aluguéis, dividendos e juros, ele acredita que a medida pode resultar em sérias perdas para quem mais precisa de apoio. A proposta de tributação de 10% sobre esses rendimentos não seria suficiente para cobrir o impacto sobre os beneficiários atuais de isenção do Imposto de Renda, especialmente aqueles com condições de saúde delicadas.


O senador manifestou sua preocupação de forma veemente, afirmando que, pela proposta do Executivo, a isenção do IR para pessoas com doenças graves, como Alzheimer, câncer, AIDS e problemas cardiovasculares, será mantida apenas para aqueles com uma renda mensal de até R$ 20 mil. "Isso significa retirar um apoio crucial para muitos doentes que enfrentam condições de saúde debilitantes", afirmou Plínio. Ele enfatizou que a medida representa uma forma de "condenar à morte" os enfermos que, ao perderem a isenção, não terão recursos para arcar com os altos custos do tratamento de suas doenças.


“Se você retirar a isenção para quem tem Alzheimer, câncer, HIV ou doenças cardiovasculares graves, você está, na prática, condenando essas pessoas. Como senador, eu tenho a responsabilidade de usar minha posição para denunciar esse tipo de injustiça. Isso é uma questão de cidadania, e é meu dever falar contra algo que será tão prejudicial para milhares de brasileiros”, afirmou o parlamentar em seu discurso.


Além das críticas à medida que afeta os doentes, Plínio Valério também questionou a postura do governo em relação aos gastos públicos. Ele criticou a decisão de enviar uma delegação de 1,9 mil pessoas para a Conferência do Clima (COP 29) no Azerbaijão, ressaltando o alto custo dessa ação em contraste com os cortes nas áreas mais sensíveis da população. Para o senador, o governo está "desperdiçando dinheiro público", enquanto penaliza os cidadãos que mais necessitam de assistência.


"Como um país pode justificar cortar benefícios essenciais para pessoas doentes, enquanto gasta fortunas em viagens internacionais para eventos como a COP 29? O governo está comprometendo a saúde dos brasileiros para custear luxos para sua cúpula. Isso é inadmissível", protestou Plínio.


O senador concluiu seu pronunciamento reforçando que o pacote de medidas propostas pelo Executivo não apenas ameaça a saúde dos mais vulneráveis, mas também reflete uma gestão ineficiente dos recursos públicos. Ele afirmou que continuará a se opor à reforma e lutará por alternativas que não prejudiquem aqueles que mais necessitam de ajuda, especialmente em um momento tão difícil como o enfrentado por pessoas com doenças graves.

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